Desde os primórdios da ciência econômica, discutem-se quais os “fatores de produção”, isto é, quais os insumos necessários para criar bens e serviços, que levam ao crescimento econômico.

No início os fatores considerados eram capital, terra e trabalho (sendo a terra referenciada à agricultura); em lato sensu hoje podemos considerar como “terra” as instalações e equipamentos. Outros economistas chamaram a atenção para um 4º fator: a tecnologia. Em desenvolvimentos mais recentes também é citado o empreendedorismo.

O fato é que o trabalho sempre esteve presente nas análises e a adição do empreendedorismo faz ressaltar a importância dos recursos humanos, mais especificamente as lideranças empresariais, representadas pelos executivos do chamado C-Level, o CEO, o CFO, o CIO e assim por diante. Um executivo chefe precisa demonstrar várias qualidades, como a experiência, a técnica, a formação acadêmica adequada, o conhecimento amplo da cultura e de idiomas, somado ao carisma para liderar e os chamados soft skills.

As soft skills referem-se principalmente às habilidades comportamentais de um profissional. São aquelas que dizem respeito à conduta e às reações em diversas situações do dia a dia. Podemos também dizer que as soft skills estão relacionadas à inteligência emocional e ao perfil individual de cada pessoa, afetando as interações interpessoais no ambiente de trabalho. As soft skills são, portanto, características pessoais e subjetivas, não relacionadas às competências técnicas. Elas refletem como nos portamos, nos comunicamos e manifestamos nossos desejos e intenções.

Os executivos C-Level são cruciais para o sucesso de uma organização, especialmente em momentos de mudança significativa. Eles trazem não apenas a expertise necessária para a gestão eficiente, mas também uma visão estratégica que pode transformar a empresa.

Um processo bem estruturado de recrutamento, seleção e contratação para estes cargos visa escolher candidatos alinhados com a cultura organizacional e metas da empresa, proporcionando um impacto positivo imediato e duradouro. Nesse sentido, tal processo demanda dos consultores encarregados da missão habilidades semelhantes às supracitadas, como destreza e maleabilidade. Um headhunter qualificado é capaz de identificar profissionais altamente capacitados, com as habilidades e experiências necessárias para liderar a empresa de forma sustentável.

Etapas de um processo de recrutamento e seleção eficiente

1. Entendendo a Necessidade do Negócio

O ponto de partida desse processo envolve a identificação da necessidade de criação ou substituição de um cargo de alto escalão, que pode ser definido pelo Conselho de Administração. Em seguida, é necessário definir o perfil desejado para a vaga, traçando as informações cruciais como experiência, formação, habilidades específicas. A definição da equipe atuante no processo também é essencial, podendo esta ser composta por membros do Conselho, o próprio departamento de recursos humanos ou ainda por uma consultoria externa.

A Lei das S/A – 6404/76 estabelece que os diretores são eleitos pelo Conselho de Administração, nas empresas em que este Conselho é obrigatório e que participam ativamente do processo de seleção.

Assim, uma consultoria que atua como Headhunter se beneficia enormemente com a presença de um Conselheiro Certificado, como é o caso da ProFit, cujo fundador tem esta credencial concedida pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, além da própria experiência como executivo em grandes empresas.

2. Análise da Empresa

Em segundo momento, é iniciada a fase de estudo completo do perfil da empresa, abrangendo o entendimento da cultura organizacional, entrevistas com pessoas chave para mensuração de expectativas e avaliação da adesão de práticas de diversidade, inclusão e ESG.

3. Recrutamento e Seleção

Com a conclusão das fases anteriores, com trabalhos internos, é estabelecido o processo de recrutamento a partir de uma triagem inicial de candidatos, entrevistas individuais e dinâmicas de grupo. O resultado final após as análises e negociação dessa etapa é a contratação e admissão do candidato mais adequado ao cargo e a empresa, com a sintonia consultoria-empresa.

Pós-Recrutamento e a Importância do Coaching

Para além da contratação, o período inicial pós-seleção é um momento crítico, em que se definirá parte do sucesso do processo. O início do mandato do novo executivo deve ser caracterizado por uma análise completa dos negócios da empresa e uma comunicação transparente com todos os níveis da organização sobre metas e desafios.

Os executivos de alto nível precisam entender detalhadamente o funcionamento interno da empresa e seu posicionamento no mercado em seus primeiros meses de atuação. Isso inclui conversas com clientes, fornecedores e stakeholders.

Devido a esses desafios, o acompanhamento e coaching realizados por especialistas são de grande benefício. Sessões de mentoria e processos de integração promovidos por uma consultoria externa podem potencializar os resultados iniciais do novo executivo, assegurando uma transição suave e eficiente.

Em suma, um processo de recrutamento C-Level de excelência é vital para o futuro de qualquer empresa. Ele garante que os líderes certos estejam em posições estratégicas, prontos para guiar a organização através de desafios e transformações, promovendo um crescimento sustentável e uma sucessão bem-sucedida.

Com o propósito de fomentar a discussão sobre o tema, a ProFit em conjunto ao Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-Rio) promoverá o seminário “Head Hunter C-Level: Recrutamento, Seleção e Coaching” no dia 12 de setembro de 2024 às 9:30. As inscrições podem ser realizadas através do link: https://agenda.ibefrio.org.br/curso/head-hunter-c-level-recrutamento-selecao-e-coaching/